PARTE
III
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Solitária, rica e sem coração. Elizabeth não era
capaz de amar ninguém. Ela assumiu a personalidade destrutiva que tanto falaram
que ela tinha durante a infância. O amor que ela recebeu da família Silva não
foi suficiente para ela. Talvez, nada fosse.
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Hoje é meu aniversário de 20 anos e não quero
aproveitar sozinha. Será que eu encontro algum cara rico e divertido pelas ruas
de Nova Iorque? Veremos.
Eu estava tomando champanhe com um homem
aparentemente rico que eu havia conhecido, ele não era divertido, mas usava
roupas de marca e pelo que eu entendi era empresário. Obrigada, Senhora Silva por ter me colocado para fazer curso de inglês!
A conversa estava chata, então eu pedi licença, disse que ia ao banheiro e
fui sem a intenção de voltar.
Quando saí do hotel, decidi ir ao banco sacar algum
dinheiro.
Já estava de saída quando uns marginais fortemente
armados entraram e mandaram todos ficarem quietos e abaixados.
A primeira coisa que pensei foi: ‘só pode ser brincadeira, né? Antes eu
tivesse ficado aturando a conversa chata daquele homem no hotel’
Estava abaixada, quando os marginais descontrolados
começaram a gritar para os clientes passarem o dinheiro e eu o fiz. Entreguei
minha bolsa Prada, o dinheiro que acabara de sacar, as joias e voltei a me
abaixar como havia sido ordenada.
Tudo estava sob controle quando aquelas criaturas
resolveram pegar alguém como refém e eu fui a ‘sortuda’.
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Ele estava coberto, com uma máscara e capuz e eu só
pude ver aqueles olhos cor de mel e como eram lindos, intensos e tinham um brilho
triste assim como o meu. Olhamos-nos fixamente por 30 segundos, mas eu poderia
jurar que foi por uma eternidade.
“PEGA LOGO A VADIA E VAMO DA O FORA DAQUI”- Outro
bandido gritou e ele me levantou rapidamente, mas não foi de uma forma brusca,
foi sutil até.
Os bandidos saíram correndo e ele estava me
segurando e com uma arma na minha cabeça, e por que diabos eu não estava com
medo? “ELIZABETH, VOCÊ ESTÁ COM UMA ARMA NA SUA CABEÇA E VOCÊ ESTÁ CALMA, VOCÊ
É LOUCA!” eu pensava.
De repente, aquele homem que segurava a arma
sussurrou em meu ouvido: “Pode ficar calma, que eu não vou te machucar, só
queremos dar o fora daqui”.
Ele me levou para o lado de fora, se juntou com seus
cúmplices entrou em um carro todo preto e com vidro fumê e foi embora.
Fui para casa e resolvi passar meu aniversário vendo
um filme e comendo pipoca depois do desastre que tinha ocorrido naquele fim de
tarde.
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Na manhã seguinte decidi voltar ao meu plano de
arrumar um homem rico para me sustentar e agora eu precisava muito depois do
assalto no dia passado. Procurei uma roupa legal para vestir, arrumei meus
longos cabelos negros, passei bastante rímel para valorizar meus olhos escuros
e pintei a boca de vermelho. Estava magnífica como sempre fui.
Aquele era um dia de sorte conheci vários homens
interessantes e ricos, Stephen foi o que mais me chamou atenção, era charmoso,
elegante e rico, definitivamente rico, ele me convidou para um jantar que daria
naquela noite
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O jantar estava agradável, vi muitos homens bonitos
acompanhados de suas esposas que serviam apenas de enfeites. Uma mulher bonita
ostenta status a um homem rico e bonito. Eu nunca pretendi casar, mas se eu
encontrasse um homem bastante rico e interessante, eu poderia me casar e teria
alguns amantes, bem como fiz com Ítalo.
Eu estava rodando pelo salão quando um garçom me
ofereceu uma bebida, eu estava desatenta e geralmente não costumo observar
pessoas pobres, no entanto, resolvi olhar para o tal garçom e era ele.
O homem de ontem. O bandido dos olhos cor de mel.
Sim, era ele. E ele era lindo, incrivelmente lindo e atraente.