terça-feira, 30 de abril de 2013

Envelhecer

Esses dias a ideia sobre a velhice vem assombrando-me por dias e noites, tento imaginar-me com 80 ou 90 anos, com minha pele não mais rígida e meus ossos não mais fortes, minha postura, voz e beleza também não serão mais as mesmas. Quero viver muito, porém, se pudesse tatuar-me com certeza uma de minhas primeiras tatuagens, seria: “Live Fast, Die Young”- Viva Intensamente, morra jovem- isso soaria um tanto quanto contraditório se comparado com a frase anterior, em que eu disse que quero viver muito, sim, eu quero. Mas, o envelhecimento me assusta, queria viver por muito tempo sem ter que envelhecer, sem perder essa essência que tenho agora, mas não por vaidade, repito, não por vaidade. Tenho medo de como estarei em um futuro distante, de como será minha vida com privações e se as pessoas ainda me amarão e estarão ao meu lado, ou se ficarei ao léu, só, abandonada como alguns idosos que vejo por aí. Todos se vão, isso é fato, vejo pessoas que prometeram jamais deixar-me, indo embora aos poucos, e eu finjo não perceber, mas percebo e entristeço-me, será que não faço falta alguma?. Acho que tenho medo da solidão, de me sentir só mais do que já me sinto, no entanto, se eu for fazer um texto para falar dos meus medos é bem capaz que eu acabe por escrever um livro, tenho medo de altura também e nessa altura da vida já estou à temer pela velhice, sendo que estou aos 18 anos de minha vida. Temo a velhice, entretanto, ja me sinto velha em certos aspectos, pois reclamo tanto, resmungo pelos cantos, falo só e minha memória não é das melhores, talvez eu seja uma velha-nova ou nova-velha, não sei. Sendo assim, se eu for envelhecer, que seja sem perceber, sem doer.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Diga-me, meu bem


 E quando você olha para mim, o seu coração acelera como o meu?
E seus olhos me buscam em meio à multidão? 
Me pergunto se meu sorriso é capaz de mudar seu dia, assim como o seu é capaz de mudar o meu.
Por que será que eu tive que me afastar, tive que me ver longe de ti, para perceber que não há vida longe de você - sei, que isso pode parecer um pouco exagerado, mas o que é o amor senão um exagero?- não há 'eu' longe de você, não há nada.
Em meio às minhas preposições, canções não terminadas, poesias sem rimas, em meio ao meu desespero pessoal, ao frio e barulho da chuva, eu ... eu reflito sobre a situação em que me encontro, sobre as pausas de minha existência, enquanto, na verdade, eu queria estar no 'play', queria estar seguindo adiante, porém, vejo que algo me prende, seria essa sua ausência que me deixa estagnada no passado, porque o passado é a única coisa que me liga à você.
Me perco em meus pensamentos, tenho para mim, que a minha mente é mesmo insana, eu sou insana, meu amor por você é insano, mas qual graça teria se tudo fosse normal? O que foi comum nunca me atraiu, eu gosto mesmo é do incerto, do perigoso,  do errado e do mistério que tudo isso me causa, mas o fato é que eu não sei mais de nada, não sou quem eu sou, não sei o que vou fazer, estou escrevendo as palavras na mesma confusão em que elas surgem em minha mente, estes versos descompassados, e talvez, sem sentido. Então, se você aí que está lendo, conseguiu me entender, é meu caro... nossas vidas não vão bem.