sábado, 31 de agosto de 2013

Amado

Vem aqui que te conto uma estória bonita, te explico meus problemas e se você  ainda quiser ficar, cê fica.

Quero te mostrar todos os meus lados para você saber dos meus pecados e que nunca fui santa e nem serei.

Vou te narrar detalhadamente os meus defeitos, aí quem sabe tu descobre os meus trejeitos.

Se eu te disser que minha loucura não é definitiva, é só temporária, é uma daquelas paranoias que a gente 
sente, será que você me entende?

Vou te fazer sentir-se em casa, te mostrar meus textos e saber o que cê acha e  depois te oferecer um café ou cafuné.

Eu nunca amei ninguém, eu achava o que o amor fazia da gente refém, então, me perdoa se eu me atrapalhar, porque não quero te assustar.

Mas te digo também, em mim tem coisa boa é que não deixo minhas qualidades à toa, não sei o porquê, mas sempre fui assim.

Depois que você ouvir e ler tudo que eu te mostrar, se cê ainda ficar aqui comigo, faço de mim o teu abrigo.

Olha, moço. Não me acha boba não, por tá fazendo essas rimas básicas, é que rimar coração com canção é tão mais fácil do que viver. E minha vida já é tão complicada.

Só quero ser para você, o que a poesia é pra mim, um porto seguro, e uma terra de amor sem fim. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Confissão

 Eu tenho medo. Tenho medo de quando fico sozinha por muito tempo. Temo a solidão. Tenho medo da dor e do buraco fundo que ela vai cavando na gente, tenho medo de cavalos e de bois e de vacas também! Tenho medo de altura e de misturar comidas com leite e acabar morrendo. Tenho medo dos meus pensamentos, porque quando a gente pensa demais pode acabar surtando. Temo a insanidade. Tenho medo do que o futuro guarda pra mim. Temo a frustração de não ter meus sonhos realizados. Tenho medo de perder as pessoas que eu amo, mesmo que a morte seja a única certeza que temos. Tenho medo de não ser amada e de tornar-me uma velha chata e doente. Tenho medo de caminhões porque sempre que vejo um, penso que irá acontecer acidentes. Tenho medo de não saber mais o que escrever, da minha criatividade se esvair no ar. Tenho medo do quão insegura eu posso ser. E tenho medo de não ser feliz, de estar um por um triz e perceber que não vivi, porque tudo que fiz foi temer.