segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Culpada! - A inocência nunca existiu. Parte IV

PARTE IV
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O reencontro. O casamento. A traição
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Quando eu o avistei, eu não pude pensar em nada, por um momento era como se só existisse ele e eu naquele salão e nada mais.
Gregory era alto, forte, tinha cabelo castanho claro e aqueles lindos olhos cor de mel. Era, de fato, o homem mais lindo que eu já tinha visto. Eu fingi que não havia o reconhecido do assalto para ele não fugir de mim, eu não estava apaixonada por ele, mas ele era um potencial amante para satisfazer as minhas vontades não-financeiras.
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Daquele dia em diante, meus encontros com Greg foram cada vez mais frequentes, ele era inteligente e sabia falar sobre exatamente tudo, o que me levava a pensar “Tão lindo e inteligente, poderia ter tudo e virou bandido?” mas eu calava por gostar de sua companhia. Dávamos-nos muito bem, nós tínhamos aquilo que costumam chamar de química, e também uma certa forma de telepatia, eu ‘lia’ os pensamentos dele e ele os meus – pelo menos alguns. Nós passávamos horas conversando, ele era a única pessoa com quem eu realmente conversava, em pouco tempo nos tornamos cúmplices e amantes.
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É o dia do meu casamento. Eu estava noiva de Stephen há seis meses, mas eu não estava decidida se casar-me era a decisão certa, afinal, eu estava com Gregory também e o pior, eu estava loucamente apaixonada por aquele bandido.

- Não se case com ele, Beth. Eu fui trabalhar de garçom naquele jantar só pra te reencontrar, eu me arrisquei e continuando me arriscando por você.
- Mas eu preciso de dinheiro, ele pode me dar a vida de luxo que eu mereço.
- Eu também.
- Você também? Não seja bobo, Gregory. Você acha mesmo que vai conseguir me dar uma vida de luxo assaltando bancos por aí? Vale lembrar que até hoje você não conseguiu me compensar pelas joias e dinheiro que me roubou.
- MAS QUE MERDA, ELIZABETH. ATÉ QUANDO VOCÊ VAI JOGAR ISSO NA MINHA CARA?
-  Desculpe, querido. Eu só disse a verdade.
- Parece que o amor que eu te dou não é suficiente. Você não me ama?
-  Eu tenho que ir, te vejo quando voltar da lua de mel.

“Parece que o amor que eu te dou não é suficiente. Você não me ama?” Essa pergunta ficou martelando na minha mente, eu nunca disse que amei alguém. Droga, eu tenho 20 anos e eu nunca disse ‘eu te amo’. Aquele era o momento? Eu o amo?

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Eu estava pronta, todos diziam que eu era a noiva mais linda de todas. A igreja estava belíssima, uma decoração glamourosa e eu me perguntava: ‘pra quê tanto ouro na igreja? O casamento foi sem emoção – pelo menos pra mim. Stephen disse sim e eu também. E quando eu estava indo para a lua de mel a única coisa me deixava feliz era saber que agora eu era uma milionária e se Stephen morresse, eu seria a única herdeira. “Não é uma má ideia” pensei. Agora vou curtir a minha lua de mel, mal posso esperar...
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A lua de mel foi maravilhosa, Paris e Grécia são lugares deslumbrantes, no entanto, eu sentia falta de Gregory nunca passamos mais de 24 horas sem nos ver desde os seis meses que nos conhecíamos. Eu mal podia esperar para estar com ele novamente. Só mais duas semanas. Só mais duas semanas...
Quando retornei a Nova Iorque, fui me encontrar com o meu bandido favorito.

- Beeeeeeeeth, você voltou, meu amor. Estava morrendo de saudade, Como foi? Tirou muito dinheiro do otário?
- Haha, acho sexy quando você fala assim. A viagem seria melhor se você estivesse lá, eu deveria ter dado um jeito de te levar.

Eu havia inventado uma desculpa para dormir fora de casa naquela noite e como Stephen tinha negócios para cuidar não se importou com a minha ausência.
Eu e Greg estávamos em nossa casa, sim, tínhamos uma que Greg construiu com dinheiro de assaltos e com o que eu tirava de Stephen. Era uma linda casa, era nossa cara, nosso lar. Pensei em morar ali com ele.

- Beth, eu estive pensando e...
- E? fala...
- O Stephen tem filhos?
- Não que eu saiba, por quê?
- Então se algo acontecer com ele, você herda tudo?
- Exatamente, eu pensei nisso assim que embarquei no avião para Paris.
- Minha garota má. Você é minha, sabia?
- Sim e você é meu. De alguma forma nossas mentes perversas se completam e se entendem.
- Eu adoro isso na gente.
- Eu adoro tudo em você.





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