PARTE
V
____________________________________________________________________
O
amor às vezes desperta o pior que há na gente.
_______________________________________________________________
Alguns meses depois...
Eu e Greg estávamos decididos a matar Stephen e dar
o fora daqui, mas tudo teria que ser detalhadamente planejado para parecer um
acidente. Se Steph fosse cardíaco seria fácil, era só eu dar um susto grande
nele e fazer como fiz com o velho do Fernandes. Mas meu marido tinha uma saúde
de ferro e muitos seguranças. Então, decidimos planejar um assalto no qual eu
faria o papel de esposa desesperada e preocupada. Greg e seus comparsas nos assaltariam,
Stephen seria morto e eu seria a triste viúva. Era o crime perfeito. Eu só
precisava dar um jeito de me livrar dos seguranças e desligar os alarmes, então, sugeri que não havia
perigo para nós e que Stephen deveria dar folga a todos os empregados para termos uma noite romântica em nossa casa.
.
. . . . . . . . . . . . .
Tudo certo, seria essa noite, os empregados estavam
fora e só eu e Stephen estávamos em casa, vendo um filme. Eu estava ansiosa e
tentando não demonstrar isso.
De repente, entram os bandidos encapuzados e nos
pegam na sala de estar, Stephen me manda correr.
- Corre, Elizabeth. Ligue para a polícia.
- A VADIA NÃO VAI PRA LUGAR NENHUM! ONDE FICA O COFRE? FALA, ONDE FICA
O COFRE?
Tudo estava indo como planejado quando Stephen saiu
correndo e entrou no seu escritório. Daí, tivemos que improvisar, alguns tiros
foram dados na porta do escritório e eu
comecei a gritar na sala simulando que estava sendo violentada e de
repente Stephen apareceu armado – droga,
eu não sabia que ele tinha uma arma. Eu tinha dado a combinação e
localização do cofre e os cúmplices de Greg estavam lá, pegando nosso dinheiro.
Eu. Greg. Stephen e duas armas.
Eu estava mais afastada e corri em direção a Stephen
quando ele atirou em Greg, três tiros que o levaram ao chão. Eu gritei como uma
louca, eu estava desesperada, Stephen me puxando pelos braços para fugirmos
dali, mas ele tinha baleado o cara que eu amo. Sim, naquele momento com Greg
ensanguentado no chão da minha casa, eu percebi o quanto eu o amo. Eu peguei a
arma da mão de Stephen e atirei nele com tanta raiva, tantos tiros que não pude
contar.
.
. . . . . . . . . . . . .
Agora estávamos saindo dali, tinha que levar Greg ao
hospital ele não poderia fugir daquele jeito, precisava de alguns cuidados
antes, para ganhar mais tempo pedi que Collin – melhor amigo de Greg- o levasse para o hospital, enquanto eu
enrolaria a polícia e depois seguiríamos o resto do
plano.
Quebrei todas as câmeras e fitas de segurança e dei
sumiço na arma do crime, como eu estava realmente desesperada pelo que
acontecera com Greg o meu sofrimento foi convincente para os políciais.
Lembranças da minha infância vinham na minha mente,
as palavras da minha mãe: “você é um ímã de desgraça”, “nunca será feliz” “tá
destinada a fazer as coisas erradas” “eu não deveria ter tido você”. Será que
aquilo tudo era verdade? Como seria a minha vida se eu não tivesse saído de
casa aos 15 anos? Eu só conseguia pensar em Greg e na grande merda em que eu
estava envolvida.
.
. . . . . . . . . . . . .
Gregory teve alta, se eu fugisse agora seria a mesma
coisa de afirmar que sou culpada, a investigação da morte de Stephen ainda não
tinha sido concluída e eu era a maior suspeita, meu advogado tinha me dito que
não poderia sair da cidade.
- Greg, como você está se sentindo?
- Estou melhor, o que vamos fazer agora?
- Fugir, ir pra longe daqui. O que você acha sobre o
México?
- Acho maravilhoso qualquer lugar em que você
esteja.
- Então, vamos lá... Já providenciei identidades
falsas para a gente e teremos que mudar um pouco nosso visual, tudo bem?
- Ok.
Nenhum comentário:
Postar um comentário