terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Culpada! - A inocência nunca existiu. Parte V

PARTE V
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O amor às vezes desperta o pior que há na gente.
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Alguns meses depois...

Eu e Greg estávamos decididos a matar Stephen e dar o fora daqui, mas tudo teria que ser detalhadamente planejado para parecer um acidente. Se Steph fosse cardíaco seria fácil, era só eu dar um susto grande nele e fazer como fiz com o velho do Fernandes. Mas meu marido tinha uma saúde de ferro e muitos seguranças. Então, decidimos planejar um assalto no qual eu faria o papel de esposa desesperada e preocupada. Greg e seus comparsas nos assaltariam, Stephen seria morto e eu seria a triste viúva. Era o crime perfeito. Eu só precisava dar um jeito de me livrar dos seguranças e desligar os alarmes, então, sugeri que não havia perigo para nós e que Stephen deveria dar folga a todos os empregados para termos uma noite romântica em nossa casa.
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Tudo certo, seria essa noite, os empregados estavam fora e só eu e Stephen estávamos em casa, vendo um filme. Eu estava ansiosa e tentando não demonstrar isso.

De repente, entram os bandidos encapuzados e nos pegam na sala de estar, Stephen me manda correr.

- Corre, Elizabeth. Ligue para a polícia.
-  A VADIA NÃO VAI PRA LUGAR NENHUM! ONDE FICA O COFRE? FALA, ONDE FICA O COFRE?

Tudo estava indo como planejado quando Stephen saiu correndo e entrou no seu escritório. Daí, tivemos que improvisar, alguns tiros foram dados na porta do escritório e eu  comecei a gritar na sala simulando que estava sendo violentada e de repente Stephen apareceu armado – droga, eu não sabia que ele tinha uma arma. Eu tinha dado a combinação e localização do cofre e os cúmplices de Greg estavam lá, pegando nosso dinheiro.

Eu. Greg. Stephen e duas armas.

Eu estava mais afastada e corri em direção a Stephen quando ele atirou em Greg, três tiros que o levaram ao chão. Eu gritei como uma louca, eu estava desesperada, Stephen me puxando pelos braços para fugirmos dali, mas ele tinha baleado o cara que eu amo. Sim, naquele momento com Greg ensanguentado no chão da minha casa, eu percebi o quanto eu o amo. Eu peguei a arma da mão de Stephen e atirei nele com tanta raiva, tantos tiros que não pude contar.

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Agora estávamos saindo dali, tinha que levar Greg ao hospital ele não poderia fugir daquele jeito, precisava de alguns cuidados antes, para ganhar mais tempo pedi que Collin – melhor amigo de Greg- o levasse para o hospital, enquanto eu enrolaria a polícia e depois seguiríamos o resto do plano.
Quebrei todas as câmeras e fitas de segurança e dei sumiço na arma do crime, como eu estava realmente desesperada pelo que acontecera com Greg o meu sofrimento foi convincente para os políciais.
Lembranças da minha infância vinham na minha mente, as palavras da minha mãe: “você é um ímã de desgraça”, “nunca será feliz” “tá destinada a fazer as coisas erradas” “eu não deveria ter tido você”. Será que aquilo tudo era verdade? Como seria a minha vida se eu não tivesse saído de casa aos 15 anos? Eu só conseguia pensar em Greg e na grande merda em que eu estava envolvida.
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Gregory teve alta, se eu fugisse agora seria a mesma coisa de afirmar que sou culpada, a investigação da morte de Stephen ainda não tinha sido concluída e eu era a maior suspeita, meu advogado tinha me dito que não poderia sair da cidade.

- Greg, como você está se sentindo?
- Estou melhor, o que vamos fazer agora?
- Fugir, ir pra longe daqui. O que você acha sobre o México?
- Acho maravilhoso qualquer lugar em que você esteja.
- Então, vamos lá... Já providenciei identidades falsas para a gente e teremos que mudar um pouco nosso visual, tudo bem?
- Ok.

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