Estou aqui, extasiada com minhas memórias e pensamentos, o
barulho da chuva gotejando em meu telhado e o vento uivando em minha janela são
meus únicos companheiros nesta noite gelada. De tanto ouvir falar sobre esse tal
amor, fico a pensar sobre ele e os efeitos que este causa na vida das pessoas,
um questionamento que sempre tive é a respeito da eternidade. Será o amor
carnal eterno ou eterno só amor de nossa querida mãe? Acredito que há vários
tipo de amor e que todos são eternos até mesmo quando acabam, o que faz de um
amor eterno são as lembranças que eles nos deixam, sejam elas boas ou ruins. Quem
não se lembra daquele amor de infância que tivemos, por exemplo, aos 6 anos de
idade e que com certeza ainda nos lembraremos deste aos 80. O que se acaba é o
desejo, a vontade de estar junto, mas o amor está ali, talvez fraco que chega a
ser até imperceptível. Mas, se todo amor é eterno, como saberemos quem é o amor
de nossas vidas, se é que essa bobagem existe. “Não, não diga que amor é bobagem, por acaso você nunca amou alguém?” Eu
amo as pessoas todos os dias, ontem eu amei aquele garoto que jogava futebol e
hoje já estou a cair de amores por esse cantor que passou na Tv, esse é o
problema de ser tão intensa, eu amo muito, eu amo sempre, não sei viver sem
amar, por isso tenho uma vasta coleção de amores e consequentemente, uma vasta
coleção de decepções, é a vida. De todos os amores que tive, de todas as
experiências que vivenciei ou ouvi falar, creio que o tão falado “amor de
nossas vidas” é aquele que por ele não fazemos nada e fazemos tudo, de tudo que
já sentimos, ele será o mais forte, mais marcante, mais avassalador e também
mais sutil, o que chega a ser contraditório tendo em vista as características
anteriores, digo sutil, porque ele será fácil de ser sentido, ele nos trará uma
sensação de conforto e de salvação, sim, salvação! O amor derradeiro nos
salvará de nós mesmos, dos nossos medos e defeitos mais obscuros, nós iremos
mudar de forma tão delicada que nem iremos notar, o amor derradeiro irá
modificar nossa vida por completo. Talvez, esse seja o meu texto mais “meloso”
ou um dos, mas não vejo como falar desse sentimento sem ser “melosa” porque eu
acredito nele, eu o sinto todos os dias, eu conheço os efeitos que ele causa,
porque eu sou feita de amor.
Uau que profundo *-* muito lindo Lina, e verdadeiro, parabéns !
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